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Um terço da exploração ilegal de madeira em MT ocorreu em áreas protegidas, diz levantamento

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Um terço da exploração ilegal de madeira em MT ocorreu em áreas protegidas, diz levantamento

No município de Colniza, já foram explorados 12 mil ha de forma ilegal, o que corresponde a mais de 10 mil campos de futebol. Quase um terço da exploração ilegal de madeira em Mato Grosso ocorreu em áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação Ueslei Marcelino/Reuters Um levantamento divulgado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) apontou que quase um terço da exploração ilegal de madeira em Mato Grosso ocorreu em áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação. Segundo os dados, mais de 100 mil hectares de floresta amazônica foram explorados de maneira ilegal entre agosto de 2021 e julho de 2022, o que corresponde a cerca de 27% do total registrado no período, em seis estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso. Mato Grosso ocupa o segundo lugar no ranking das ilegalidades e perde para o estado do Pará. Já na lista dos municípios com mais áreas exploradas sem autorização para extração de madeira, Mato Grosso possui nove municípios. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1MT no WhatsApp No município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, já foram explorados 12 mil ha de forma ilegal, o que corresponde a mais de 10 mil campos de futebol. Os dados também mostram que 25,6% das ações ilegais se concentram em terras indígenas e 19,5% em unidades de conservação REUTERS/Ueslei Marcelino ????Os dados também mostram que 25,6% das ações ilegais se concentram em terras indígenas e 19,5% em unidades de conservação. Segundo a coordenadora do Programa Transparência Ambiental do ICV, Ana Paula Valdiones, quando a exploração ilegal invade territórios indígenas e unidades de conservação, ameaça a manutenção dos espaços, regulamentação climática e das chuvas. “A exploração ilegal de madeira prejudica o próprio produtor madeireiro porque torna difícil a competição de quem faz certo e de quem explora essa madeira ilegalmente e traz uma degradação do bioma que causa uma série de impactos ambientais que vão deixar suas marcas no território”, diz. Destruição da Floresta Amazônica neste ano em MT equivale a 40 mil campos de futebol, aponta Imazon De acordo com a superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Cibele Xavier, o órgão investiga planos de manejo autorizados na região que estariam esquentando madeira extraída ilegalmente. “Quando a gente mapeia que existe essa exploração seletiva, as equipes fazem o monitoramento dos créditos para identificar as pessoas jurídicas que estariam fazendo essas transações suspeitas” , conta. Já para o coordenador de inteligência territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, é preciso fortalecer os órgãos de fiscalização para combater esse tipo de crime “Mato Grosso tem uma representatividade muito importante no setor madeireiro, mas ao mesmo tempo, responde por 65% do total explorado na Amazônia e proporcionalmente na ilegalidade e por isso é importante que o estado fortaleça o combate à ilegalidade nas áreas protegidas”, concluiu. O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), entidade que representa o setor de base florestal no estado, informou que não compactua com nenhum tipo de prática ilegal. Segundo o Cipem, o estado de Mato Grosso é reconhecido por produzir madeira nativa rastreada, legal e sustentável.

Publicada por: RBSYS

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