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Professora espancada por mãe de aluna ao sair de escola irá processar agressora e prefeitura

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Professora espancada por mãe de aluna ao sair de escola irá processar agressora e prefeitura

Amanda dos Santos fraturou o nariz e sofreu diversas escoriações após ser agredida em frente à escola municipal onde trabalha, em Guarujá (SP). Professora foi agredida no rosto após sair da escola em Guarujá (SP) Fabio Pires/TV Tribuna A professora, de 39 anos, que foi agredida pela mãe de uma aluna do 2° ano do Ensino Fundamental em Guarujá (SP), no litoral de São Paulo, irá processar a agressora e a prefeitura da cidade. Amanda dos Santos Monteiro foi agredida em frente à escola municipal Valéria Cristina Vieira da Cruz Silva, no bairro Morrinhos, no dia 10 de setembro. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O advogado Airton Sinto, que defende a professora, disse em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, que o caso foi registrado como lesão corporal. A defesa deseja que a agressora responda também por tentativa de homicídio, ameaça e injúria. "No momento da sequência das agressões, ela [vítima] foi xingada e ameaçada de morte pela agressora, isso consta no BO e nós, como assistente de acusação junto com o Ministério Público, vamos provar isso durante a instrução processual", disse. Para o advogado, pela gravidade das lesões, o crime configura uma tentativa de homicídio. "A gente aguarda o retorno do exame do Instituto Médico Legal (IML) para constatar porque houve lesões graves, inclusive, com fratura do nariz". Em relação à prefeitura, Airton afirmou que houve uma falha da escola em comunicar a professora sobre o teor da conversa que levou a mãe da aluna à unidade de ensino. "Isso não foi passado à professora. Essa omissão impediu que ela tomasse cautela em relação a sua integridade física e até sua vida". Professora agredida em Guarujá vai processar agressora e prefeitura Por envolver uma criança menor de idade, o advogado explicou que há necessidade de cautelas baseadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas que ele pretende solicitar ao juiz que a aluna seja ouvida. "Ouvir a criança para saber o motivo, o que ela falava à mãe para ela tomar essa atitude extrema em relação à professora", disse o advogado. Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que não foi notificada sobre o processo. Além disso, afirmou que a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) está à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça. Mãe da criança O advogado da mãe da criança, Silvano José de Almeida, disse que a estudante reclamou com a mulher que a professora a chamava de burra na sala de aula. "Que ela não aprendia nada e alguns alunos começaram a debochar dela nos intervalos". De acordo com Silvano, a mulher fez uma reclamação por escrito na escola, mas nenhuma providência foi tomada. No dia da agressão, ela estava voltando da Seduc, onde havia registrado uma nova queixa. "Quando ela estava voltando para casa, foi à escola e acabou encontrando com a professora". Silvano explicou que houve uma troca de insultos entre a professora e a mãe da aluna, ocasião em que as agressões começaram. "A escola, por não ter tomado as providências necessárias, levou a todos esses [problemas], mas tudo será esclarecido nos próximos dias". Professora agredida na saída de escola irá processar a prefeitura e agressora O caso O caso ocorreu na escola municipal Valéria Cristina Vieira da Cruz Silva, no bairro Morrinhos, no dia 10 de setembro. No dia das agressões, a professora Amanda já havia terminado o turno e estava esperando uma carona para ir embora quando foi surpreendida pela mãe da aluna, de 34 anos. "Ela surgiu por trás sem que eu esperasse. Eu não tive tempo de reação nenhuma. Começou a me desferir vários golpes, puxar o meu cabelo, dar chute, me xingar. Me jogou no chão e começou a me dar muito chute e muito soco. Eu gritei muito por socorro, mas o pessoal ficou olhando”, relembrou, em entrevista ao g1. Em meio às agressões, a vítima demorou para reconhecer quem era a autora do ataque. Amanda só descobriu quando a mulher começou a gritar que estava no local por conta da filha. “[Eu] não me mexia. Eu realmente achei que eu ia ficar ali naquele chão, esticada. Então, depois de um tempo, alguém segurou ela e eu consegui voltar para a escola, entrar e pedir socorro. [...] E eu não sei como eu saí disso, não sei como eu estou viva”, disse a profissional. De acordo com a professora, a mulher já havia ido até a unidade escolar fazer ameaças e pedir para trocar a filha de classe. A escola atendeu ao pedido da mãe. “Ela falava que a filha não queria ir para a escola porque eu estava perseguindo, porque eu cobrava demais a menina, mas isso nunca existiu. A mãe criou uma fantasia”, afirmou Amanda. Segundo a profissional, a revolta da mãe começou depois que Amanda fez um relatório alertando sobre a quantidade de faltas da criança, que estavam prejudicando o andamento escolar dela. “A mãe, sempre muito hostil, sempre muito agressiva, criou toda essa história de perseguição, ia na escola para me ameaçar. O que a direção da escola fez foi tentar tirar a menina trocando sala para resolver”, explicou. Vítima sofreu escoriações pelo corpo após ser agredida por mãe de aluna em Guarujá Fabio Pires/TV Tribuna Trauma Amanda sofreu uma fratura no nariz e diversas lesões pelo corpo, mas um dos principais traumas foi o psicológico. “Muita dor, muita revolta. Estou destruída, o meu emocional está quebrado”, disse. A professora registrou um boletim de ocorrência um dia após as agressões. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como lesão corporal, injúria e ameaça no 1º DP do Guarujá. Prefeitura Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que a Secretaria de Educação (Seduc) repudia qualquer tipo de violência. Segundo a administração municipal, a funcionária foi socorrida pela diretora da unidade e encaminhada ao Hospital de Guarujá. “A educadora foi atendida e afastada por recomendação médica”. Ainda segundo a prefeitura, enquanto a Polícia Civil investiga o caso, a Seduc fornece todo o apoio necessário à servidora e comunidade escolar, por meio da disponibilização de acompanhamento psicológico e demais profissionais da equipe multidisciplinar, que é composta por assistentes sociais, psicopedagogos e fonoaudiólogo. “A Seduc abriu, ainda, um processo administrativo interno para avaliar se há outras medidas cabíveis à Administração Municipal. O município, inclusive, desenvolve programas de combate à violência dentro e fora das escolas na rede municipal de ensino, a exemplo do Programa de Prevenção às Drogas e Violência (PPDV) e a campanha ‘Digo Sim ao Respeito’”. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

Publicada por: RBSYS

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