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'Oxigenado', Festival Mada se arrisca no samba e mantém pluralidade após 26 anos; confira entrevista

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'Oxigenado', Festival Mada se arrisca no samba e mantém pluralidade após 26 anos; confira entrevista

Idealizador do Mada, Jomardo Jomas conta que festival acompanha o que o público está querendo. Evento deve reunir 30 mil pessoas nos dias 18 e 19 de outubro, na Arena das Dunas. Margareth Menezes animou o público no festival Mada 2023. Foto: Luana Tayze "Eu nem imaginava que a gente fosse fazer a segunda edição, pra ser bem sincero". Esse era o prognóstico do idealizador e diretor do Música Alimento da Alma (Mada), Jomardo Jomas, no fim dos anos 1990, quando tentava engrenar o ainda iniciante festival em Natal, sem nenhum apoio. Em 2024, o evento completa 26 anos de vida consolidado no calendário e se permitindo transitar do rock ao samba e do rap ao tecnobrega. Sobreviver durante todo esse tempo, resume Jomardo, só foi possível fazendo as coisas "na força do amor...e com um ódio de vez em quando", brinca. O Festival Música Alimento da Alma acontece nos dias 18 e 19 de outubro, na Arena das Dunas, em Natal. Mais de 25 atrações foram anunciadas. ????Participe do canal do g1 RN no WhatsApp Entre os shows previstos nos palcos principais estão DudaBeat, BaianaSystem, Pitty, Ana Frango Elétrico, Fresno, BK e Djonga (veja programação completa aqui). Um dos shows mais esperados é o "Xande canta Caetano", no qual o sambista Xande de Pilares intepreta músicas de Caetano Veloso. O álbum que dá título ao show foi indicado, no mês de setembro, ao Grammy Latino de 2024 como melhor disco do ano. Essa é categoria máxima da premiação - e que o Brasil não disputa desde 2018, quando Chico Buarque concorreu com o álbum Caravanas. Mas Xande de Pilares no Mada? Para um festival formado com raízes no rock e no pop, um sambista como atração principal soa estranho? "A gente tem que acompanhar o que o público está escutando. Teve aquela época de rock. Depois o trap, o rap. Aí veio o funk, 'vamos simbora'. Aí o samba, ok, não tem problema nenhum, vamos misturar tudo. E assim vai", explicou Jomardo Jomas em entrevista ao g1. "Eu acho que um festival, pra se oxigenar, tem que estar muito ligado no que o público está querendo". Xande de Pilares conta como surgiu convite para projeto 'Xande Canta Caetano' Para o idealizador do Mada, a mudança também é um reflexo do perfil do público do evento, que também se renovou ao longo desses 26 anos. "Se você analisar bem, a gente tem várias gerações até chegar essa atual, que é a Geração Z, que é a geração que assiste a Jorge e Mateus e vai direto dançar Miss Tacacá. Então, você já vê que termina sendo o festival acompanhando muito essa mudança", disse. "Tem uma pluralidade, uma diversidade muito bacana dentro da programação do Mada. E é isso que a gente quer que o público aproveite". Música eletrônica: resgate aos casarões da Ribeira Com o evento marcado para os dias 18 e 19 de outubro, a tendência é não haver mais atrações confirmadas para os palcos principais, que já teve os dois dias de programação divulgados. O foco nas últimas semanas, segundo o diretor do Mada, foi reforçar o "after" do evento, que acontece em outro palco na própria Arena das Dunas. Nos últimos anos, explicou Jomardo Jomas, o Mada tem buscado retomar a festa que acontece após os shows principais com músicas eletrônicas. "Quando a gente começou, a gente tinha na Ribeira alguns casarões que serviam de after para o festival. Então, rolava música eletrônica nos casarões no Largo da Rua Chile, e isso a gente levou para o Imirá [segunda casa do festival]", contou. Desde que o festival passou a acontecer na Arena das Dunas - em 2014 - essa tradição ficou um pouco de lado, segundo o diretor. "A gente sentia falta de ter uma programação eletrônica, principalmente com essa diversidade toda. O tecnobrega, o funk... antes era só house", contou. "O céu é o limite. Está todo mundo querendo amanhecer o dia. Espero que sejam inimigos do fim mesmo". Baiana System é novamente uma das atrações do Mada Foto: Luana Tayze Atrações internacionais: 'Prospectando para 2025' Em pelo menos quatro oportunidades, o Mada apostou em grupos internacionais como atrações principais do festival. A mais recente delas foi em 2018, com a banda escocesa Franz Ferdinand. Desde então, no entanto, esse cenário não se repetiu mais. Isso não significa, segundo o diretor, que essas bandas tenham saído do campo de visão do festival. Inclusive, ele garante, que o Mada está "prospectando isso para 2025". "A ideia nossa é continuar apostando nisso. Se aparecer oportunidade agora pra 2025, a gente vai querer ter, sem sombra de dúvida. Agora a gente vai querer ter de Franz [Ferdinand] pra cima. Porque eu acho que funciona. E na situação que ela veio: a exclusividade no Nordeste ser no Festival Mada", explicou. "Não adianta a gente disputar com Pernambuco, com Ceará, porque se sabe que as populações são maiores do que a do Rio Grande do Norte. E a gente vai estar trazendo uma atração que o público de Natal não vai em peso. Mas se você traz com a exclusividade pra Natal, o Nordeste vem inteiro". Franz Ferdinand foi uma das atrações da segunda noite do Mada 2018 Pedro Vitorino Ele contou que no ano passado o Mada tentou contar com Noel Gallagher, que neste ano de 2024 anunciou ao lado do irmão Liam a volta do Oasis após 15 anos de separação. "A gente quase conseguiu pra 2023 [uma atração internacional], que foi o Noel. Chegou a conversar, aquela coisa toda, ficou bem, mas terminou que eu acho que já estavam conversando sobre essa volta do Oasis. E terminou que não deu certo", explicou. 'Alimento da Alma': a origem do nome e do festival O Mada, contou o diretor, surgiu da vontade dele de preencher a falta de um festival em Natal no fim dos anos 1990, quando havia um boom desses eventos - como Abril pro Rock, Bananada, Porão do Rock - em outras capitais. Jomardo fechou a primeira edição, correu atrás do que era preciso, mas não tinha nome. Cobrado por um veículo de comunicação, ele - que vem de uma família de músicos - recorreu ao irmão, que o sugeriu ler um escrito dele. O texto, segundo Jomardo, dizia mais ou menos assim: "Quando acaba a água do homem do sertão, só me resta a música, que alimenta a alma". A abreviação de Música Alimento da Alma para Mada, segundo ele, foi por conta dos veículos de imprensa nos dias seguintes, "porque ficava muito grande o nome". "Eu acho muito melhor Música Alimento da Alma", contou. A primeira edição foi gratuita, na Ribeira, com três dias de shows, 18 bandas, e público de cerca de 17 mil pessoas. Ao logo do tempo, o festival passou para o Imirá (na Via Costeira), andou pelo estádio João Câmara (Rocas) e chegou à Arena das Dunas, onde completa uma década. A expectativa para 2024 é de que o shows tenham mais de 30 mil pessoas nos dois dias na Arena das Dunas. Vídeos mais assistidos do g1 RN

Publicada por: RBSYS

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