Zeza, que era cronista, cantor e compositor, retratou a vida cotidiana de Campinas (SP) ao longo de décadas. Cronista Zeza Amaral Adriano Rosa Morreu na manhã desta quinta-feira (3), aos 78 anos, o jornalista, músico e cronista Zeza Amaral. O escritor dedicou boa parte de sua vida a retratar o cotidiano de Campinas (SP). Em um de seus últimos trabalhos, uma crônica publicada no g1 em homenagem aos 250 anos da metrópole, o escritor resgata memórias da cidade onde viveu desde a infância (releia aqui). "Hoje eu caminho pelas pedras portuguesas da cidade e espionando os jardins das casas suburbanas e agradecendo a Campinas por ter me protegido nas minhas últimas sete décadas. Parabéns, minha doce e bela Princesa. E não se esqueça de colocar a chave embaixo do capacho." De acordo com a família, Zeza morreu em Vargem Grande do Sul (SP) e seu corpo será transferido para Campinas. Ele deixa esposa e filhos. Informações sobre velório ainda não foram divulgadas. Espião da cidade Nascido em Atibaia (SP) no ano de 1946, José Antônio Siqueira do Amaral se mudou para Campinas aos 1949. Se tornou jornalista em 1968 e, a partir de 1970, começou a escrever crônicas. "O cronista é o espião da cidade. A natureza, a vida social, interessa ao cronista", disse em 2018 à Revista Passagens, da Universidade Federal do Ceará. Na entrevista, questionado sobre "o que merece uma crônica", Zeza exaltou a importância de notar o efêmero. "Um cinzeiro vazio ou sujo. Largado, cheio de bitucas. É uma questão de observar a vida". VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas;

Publicada por: RBSYS