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Hezbollah declara 'guerra indefinida' contra Israel

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Hezbollah declara 'guerra indefinida' contra Israel

Número 2 do grupo extremista fez anúncio neste domingo (22) após ataques à terceira maior cidade de Israel. Na semana passada Hezbollah culpou Israel por explosões de pagers e walkie-talkies, e Exército israelense fez maior bombardeio ao Líbano com membros do grupo como alvo. Funeral de Ibrahim Akil, um dos chefes de operações militares do Hezbollah, em Beirute, no Líbano, em 22 de setembro de 2024. Amr Abdallah Dalsh/ Reuters O número 2 do Hezbollah disse neste domingo (22) que o grupo está em "guerra indefinida" contra Israel e prometeu manter ofensivas no país até um acordo de cessa-fogo na Faixa de Gaza. A declaração de Naim Kassem, o vice-comandante do grupo extremista, ocorre em um momento de escalada das tensões entre o Hezbollah e Israel que redefiniu os rumos da guerra na Faixa de Gaza e fez o Exército israelense tirar tropas de Gaza e redirecioná-las no norte, onde o grupo extremista atua. Kassem admitiu que o grupo foi "ferido" após os ataques da semana passada — as explosões em série de pagers e walkie-talkies do Hezbollah cuja autoria o grupo atribiu a Israel, e o bombardeio israelense a Beirute, o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra. Mas disse que a escalada fará o grupo extremista "ressugir com força". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “Admitimos que estamos feridos. Somos seres humanos. Mas assim como nós estamos feridos, vocês também ficarão", disse Kassem em recado a Israel durante o funeral de um dos chefes de operações militares do Hezbollah, Ibrahim Akil. Akil morreu no ataque de Israel a Beirute. Ele era o principal alvo do ataque, que deixou 45 mortos no total. "Nós ressurgimos com força, e isso ficará evidente nos próximos meses. Sua economia ficará destruída, e você não alcançará seus objetivos", disse o vice-comandante, também referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Também neste domingo Netanyahu afirmou que atingiu o Hezbollah "de uma forma que eles nunca imaginariam" e prometeu que a ofensiva contra o grupo extremista continuará. "Se o Hezbollah não entendeu a mensagem, eu prometo que entenderá", declarou, em pronunciamento. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Hezbollah tem intensificado ataques com foguetes no norte de Israel em apoio aos terroristas do Hamas, que atuam em Gaza, ao sul de Israel. Mas nem o grupo extremista, que atua no Líbano, nem o Exército israelense haviam falado em uma guerra direta. Fundando no Líbano com o intuito de se opor à presença de Israel na região, o Hezbollah, assim como o Hamas, é financiado pelo Irã. Também como o Hamas, o grupo extremista foi fundado como um partido político, que ainda tem presença no Parlamento libanês, mas também tem um braço armado, que se dedica quase exclusivamente a combater tropas israelenses no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano. Foguetes em Haifa Domo de Ferro israelense intercepta no norte de Israel mísseis do Hezbollah lançados do Líbano em 22 de setembro de 2024. AP Photo/Baz Ratner Mais cedo, o grupo extremista libanês Hezbollah disparou cerca de 150 mísseis contra o norte de Israel. Em resposta, o Exército israelense realizou bombardeios em alvos do Hezbollah no sul do Líbano. Os foguetes do Hezbollah atingiram uma área mais interna do norte de Israel, distante de onde os ataques têm ocorrido. Os arredores de Haifa, uma das maiores cidades do país, foram atingidos, e quatro pessoas ficaram feridas, segundo autoridades locais. O Exército israelense afirmou que os foguetes foram disparados “em direção a áreas civis”, apontando para uma possível escalada, já que os ataques anteriores tinham como alvo principal instalações militares. O Hezbollah disse em comunicado no Telegram que "bombardeou complexos de indústrias militares da empresa Rafael, especializada em meios e equipamentos eletrônicos, localizada ao norte da cidade de Haifa, com dezenas de mísseis do tipo Fadi 1, Fadi 2 e Katyusha." Israel cancelou as aulas em todo o norte — domingos são considerados dias úteis no país, intensificando a sensação de crise. Haifa é a terceira maior cidade de Israel e possui uma usina nuclear nos seus arredores. As regiões perto da cidade abrigam bases militares israelenses. No sábado, o Exército israelense afirmou ter feito uma série onda de ataques no sul do Líbano, onde o Hezbollah atua, atingindo cerca de 400 alvos militares do grupo extremista. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, disse neste domingo que o Hezbollah "está começando a sentir o gosto da capacidade militar israelense" e afirmou que continuará a operação contra o grupo extremista até o norte do país estar seguro. Forças de segurança israelenses examinam local atingido por foguete disparado do Líbano em Kiryat Bialik, no norte de Israel, em 22 de setembro de 2024. AP Photo/Ariel Schalit Na sexta (20), o Exército israelense realizou o maior bombardeio em Beirute, capital do Líbano, desde o início da guerra na Faixa de Gaza --travada entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. Em resposta, o Hezbollah disparou cerca de 150 mísseis contra o território israelense. O bombardeio israelense em Beirute deixou 37 mortos e matou um comandante de operações militares do grupo. Israel e Hezbollah têm trocado fogo desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano, quando o grupo militante começou a disparar foguetes em solidariedade aos palestinos e seu aliado Hamas, apoiado pelo Irã. Os conflitos em baixa intensidade já mataram dezenas de pessoas em Israel, centenas no Líbano e deslocaram dezenas de milhares de ambos os lados da fronteira. Nenhum dos lados acredita estar buscando uma guerra. No entanto, nas últimas semanas, Israel mudou seu foco de Gaza para o Líbano e prometeu restaurar a calma na fronteira para que seus cidadãos possam retornar para casa. O Hezbollah afirmou que só interromperá seus ataques se houver um cessar-fogo em Gaza, o que parece cada vez mais elusivo, já que as longas negociações lideradas pelos Estados Unidos, Egito e Catar têm estagnado repetidamente. A guerra em Gaza começou com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, no qual militantes palestinos mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 250. Eles ainda mantêm cerca de 100 reféns, um terço dos quais acredita-se estar morto. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 41.000 palestinos foram mortos, sem especificar quantos eram combatentes, mas afirmando que mulheres e crianças representam mais da metade dos mortos.

Publicada por: RBSYS

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