Atletas enfrentam desafios e expectativas na busca pelas vagas olímpicas a seis meses do grande evento esportivo na capital da França. Faltam seis meses para as Olimpíadas de Paris
Faltam exatamente seis meses para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris.
A grande luta do Wanderson Oliveira neste semestre será pela vaga olímpica. Em Paris, ele quer ter a chance de buscar a medalha que não veio na última edição dos Jogos.
"Bati na porta, na trave, cheguei nas quartas de finais, mas que eu vou transformar em uma ferramenta bem forte para mim chegar no pré-olímpico agora", conta.
O Brasil já garantiu cento e quarenta e três atletas nos próximos jogos. No caso do boxe, dois torneios pré-olímpicos ainda serão disputados até junho. E cada modalidade vai ter um processo diferente nesta reta final de classificação.
O futebol masculino é simples: um único campeonato que começou nesta semana dará vaga para as duas melhores seleções sul-americanas. Em alguns esportes, os atletas precisam somar pontos no ranking mundial ao longo do ciclo, ou alcançar um determinado índice olímpico, como no atletismo e na natação.
Dos atuais campeões olímpicos, Rebeca Andrade, da ginástica artística, Isaquias Queiroz, da canoagem, e Martine e Kahena, da vela, já se classificaram. Outros medalhistas ainda estão na briga. Considerando todos os processos e critérios, haverá brasileiros disputando vagas em 30 modalidades diferentes até as olimpíadas.
"Esses Jogos de Paris têm uma diferença em relação aos Jogos de Tóquio, não só nos Jogos, mas nos pré-olímpicos também, né? Porque os eventos classificatórios para Tóquio naquele último ano ocorreram sem a presença de público. E agora não. Agora a gente tem o público participando. Então, essa diferença faz com que a gente tenha que estar mais atento aos pequenos detalhes para conseguir alcançar uma das metas, que é classificar o maior número de atletas numa edição dos Jogos Olímpicos", conta Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.
Em 2021, a pandemia de covid afastou o público dos eventos esportivos. O Brasil conseguiu classificar 301 atletas para as Olimpíadas de Tóquio. A meta pra Paris é chegar a 330.
E este fator da torcida pode ajudar por exemplo o basquete feminino, já que o Brasil será uma das sedes do pré-olímpico mundial agora em fevereiro.
"A sensação de poder jogar em casa com a torcida a nosso favor é gratificante, é super emocionante. Estamos treinando muito para chegar lá, dar o nosso melhor", expressa a atleta Érika Souza.
Para os atletas que já têm uma medalha pra chamar de sua, para outros que entrarão na disputa pela primeira vez e para quem busca uma nova oportunidade agora só faltam seis meses.
"O atleta que tá indo pra classificatória, ele está pensando primeiro na classificatória. Pegar aquela classificação e depois ir em busca da medalha olímpica", explica Wanderson.
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Publicada por: RBSYS