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Castro expõe ‘viaturas descaracterizadas’ da Inteligência da PM e recebe críticas

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Castro expõe ‘viaturas descaracterizadas’ da Inteligência da PM e recebe críticas

Governador do RJ postou um vídeo em que mostra parte dos carros que policiais usarão para missões secretas. O governador Cláudio Castro (PL) postou em suas redes sociais um vídeo em que mostra veículos recém-adquiridos para a Polícia Militar. No clipe, Castro aparece no banco do carona de uma das “viaturas descaracterizadas” — automóveis comuns, sem adesivos nem pintura especial, usados em missões secretas. “Oi, gente! Você sabe que carro é esse aqui? Essa aqui é uma das 38 novas viaturas do governo do estado da nossa Polícia Militar. Nem parece viatura, né? A ideia é exatamente essa: são 38 carros sem caracterização alguma, a ser utilizado no trabalho de inteligência e investigação”, descreveu Castro. No RJ, esse setor da PM é chamado de “serviço reservado” ou “P2”. Usualmente atuam em campanas e infiltrações. Ao g1, o coronel Marcelo de Menezes, comandante da PM, disse que “nada do que foi anunciado coloca em risco a estratégia de atuação da polícia”. O governador Cláudio Castro Reprodução Críticas nas redes A exposição dos modelos gerou críticas ao governador na postagem: “Se eu tenho um carro desse, venderia e compraria um de outro modelo!” “Serviço de inteligência?? Como assim? Se já tá dando o serviço completo?” “Agora quem tem um carro parecido com esse já toma bala! F*da, né?!” “É pouco inteligente você apresentar a viatura que será usada pela inteligência, não?” “Gente! Que vergonha! Meu Deus! Inacreditável!” “É pedir muito que ele pensasse que deu o ouro para o bandido? E isso não é despreparo. Ele tá avisando para o povoado saber mesmo. Essa é a ideia! Antes que alguém ‘vaze’ a informação, ele mesmo já entrega!” ‘Politicagem’ Ao g1, o delegado aposentado de Polícia Federal Antônio Rayol disse considerar a exposição uma “desmoralização do setor da inteligência” e uma “ânsia de fazer politicagem”. Para o policial, que é especialista em segurança pública, “todo mundo que tiver esse carro vai correr risco”. “De antemão, eu queria que o governador falasse o que a Polícia Militar vai fazer com carro descaracterizado? Não é atribuição da PM fazer investigação. Esse é o papel da Polícia Judiciária. E no mais, a P2 não tem o papel de investigar. Sua atribuição é apurar a conduta irregular de agentes da corporação. Mas a gente sabe que na realidade não é isso. Eles acabam fazendo investigação por conta própria. Então, não faz o menor sentido a PM ter carro descaracterizado”, afirmou Rayol. “Hoje, quem tiver esse modelo de carro mostrado pelo governador vai correr risco no Rio”, destacou. “É uma desmoralização do setor da inteligência. A operação de inteligência que dá certo é aquela que ninguém sabe que aconteceu. Mas o que se vê aqui é governador, secretário, delegado indo a público contar como foi feita a investigação. Ai, o criminoso fica sabendo. Se fosse uma escola de samba, seria 10 em alegoria e 0 em enredo”, comparou. Para o analista de segurança Alessandro Visacro, coronel reformado do Exército, com a divulgação, há risco de fracasso da investigação, da vida dos agentes envolvidos e para a vida de quem tem um veículo parecido. “Quando você torna público essa inteligência, você acaba comprometendo o resultado. Além disso, com essa exposição, você coloca em risco a integridade dos agentes e de pessoas que porventura tenha um carro com o modelo e cor parecido. A atividade de inteligência tem que ser preservada nessa perspectiva. Caso isso não ocorra, tem o risco do fracasso daquilo que é investigado”. O que diz a PM “Cabe esclarecer que no governo Cláudio Castro já foram investidos mais de R$ 4 bilhões em segurança pública, que é prioridade dessa gestão. As viaturas recém-adquiridas para o setor de Inteligência são apenas uma parte da frota, que é composta por veículos de diferentes marcas, modelos e cores, inclusive às que servem à Subsecretaria de Inteligência da PMERJ. Neste governo já foram adquiridas quase mil viaturas semiblindadas para as forças de segurança do estado. Além disso, demos um salto tecnológico adquirindo equipamentos modernos, como é o caso das 13 mil câmeras portáteis usadas por nossos policiais militares e as câmeras de reconhecimento facial, que identificaram e levaram à prisão mãos de 350 foragidos da Justiça que estavam circulando pelas ruas do Rio. Dar publicidade aos investimentos realizados é obrigação de uma gestão séria e comprometida com a transparência. E nada do que foi anunciado coloca em risco a estratégia de atuação da polícia.”

Publicada por: RBSYS

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