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Em NY, Lula se encontra com líder da Autoridade Palestina e volta a chamar ação israelense em Gaza de ‘genocídio’

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Em NY, Lula se encontra com líder da Autoridade Palestina e volta a chamar ação israelense em Gaza de ‘genocídio’

O presidente do Brasil criticou enfaticamente o atual modelo da ONU e voltou a cobrar que os 20 países mais ricos do mundo se comprometam com o enfrentamento das desigualdades. No último dia de viagem aos EUA, Lula se encontra com líder da autoridade Palestina O presidente Lula dedicou o último dia de viagem a Nova York para mais encontros bilaterais e a participação em uma reunião do G20 - que em 2024 é presidido pelo Brasil. Ao lado do presidente Lula, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o mundo enfrenta alguns dos maiores desafios de todos os tempos. Ele pediu que os países do G20 liderem ações para implementar reformas profundas no sistema financeiro global e para enfrentar a crise climática. Guterres afirmou: "Em todas essas áreas, o progresso está escapando das nossas mãos e nosso mundo está se tornando mais insustentável, desigual e imprevisível". Assim como fez ao discursar na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Lula foi enfático ao criticar o atual modelo de ONU e voltou a cobrar que os 20 países mais ricos do mundo se comprometam com o enfrentamento das desigualdades. "Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, afirmou Lula. Lula diz condenar com veemência comportamento de Israel e diz que Netanyahu promove 'genocídio' Pela primeira vez, uma reunião do G20 aconteceu dentro da ONU, e aberta a todos os 193 países-membros das Nações Unidas. O foco principal dos debates foi a reforma de instituições e mecanismos de governança global. A ideia é tornar a organização mais inclusiva. Os integrantes do G20 aprovaram, por unanimidade, um documento com propostas, como o aumento do número de países-membros no Conselho de Segurança. Na sequência, o presidente Lula teve reuniões bilaterais com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e com o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo. Ele ainda se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Em uma rede social, Lula disse que manifestou solidariedade pelo sofrimento de mulheres e crianças palestinas na guerra em Gaza, e a necessidade de um cessar-fogo imediato. O presidente terminou os compromissos em Nova York com uma entrevista coletiva. Ele começou fazendo um balanço da viagem; reforçou a defesa de mudanças na ONU e na busca de diálogo para o fim das guerras. E esse foi o tema das primeiras perguntas dos jornalistas. Sobre Oriente Médio, Lula voltou a chamar a ação israelense em Gaza de “genocídio” e condenou a atuação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Eu, sinceramente, acho que os países que dão sustentação ao discurso do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare. Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel, que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio. E também nós estamos brigando para libertar os reféns do Hamas. Não tem sentido, não tem sentido fazer refém pessoas inocentes. É importante que o Hamas contribua para que haja mais eloquência e exigência sobre o governo de Israel liberar os reféns para que as coisas voltem ao normal”. Sobre a guerra na Ucrânia, Lula foi questionado sobre as críticas do presidente ucraniano a uma proposta de paz apresentada pela China e pelo Brasil. A proposta prevê um cessar-fogo imediato e a realização de uma conferência de paz, mas não diz que a Rússia deve devolver os territórios tomados dos ucranianos. Volodymyr Zelensky acusou os dois países de tentarem aumentar sua influência externa às custas dos ucranianos e disse que a Rússia quer colonizar a Ucrânia. Ao responder aos repórteres, o presidente Lula não condenou a Rússia por ter invadido a Ucrânia. "Acho que ele só falou o óbvio. Ele tem que defender a soberania, é obrigação dele. Ele tem que ser contra a ocupação territorial, é obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz. O que nós estamos propondo não é fazer a paz por eles, o que nós estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano e a Rússia sobreviva. É isso que nós estamos falando. Se ele fosse esperto, ele diria que a solução é diplomática, não é militar. Isso depende de capacidade de sentar e conversar, ouvir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida”. Em NY, Lula se encontra com líder da Autoridade Palestina e volta a chamar ação israelense em Gaza de ‘genocídio’ Jornal Nacional/ Reprodução Os jornalistas também perguntaram sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O presidente Lula não deu detalhes, mas disse que o acordo sairá em breve. A Confederação Israelita do Brasil lamentou as declarações do presidente Lula a respeito do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Afirmou que a postura do governo brasileiro é desequilibrada em relação aos conflitos trágicos no Oriente Médio e que isso destoa da história de moderação da diplomacia brasileira. A confederação declarou que todas as mortes devem ser lamentadas e negou que haja genocídio em Gaza. A Conib destacou que não foi Israel que começou esse conflito, mas o Hamas - quando atacou barbaramente cidadãos israelenses em 7 de outubro - e o Hezbollah, que desde o dia 8 de outubro passou a bombardear Israel para apoiar o Hamas. A Conib afirmou ainda que o governo brasileiro pode ajudar muito na solução se interceder junto ao Irã para conter o Hamas e o Hezbollah. LEIA TAMBÉM Lula na ONU: compare os discursos de 2023 e 2024 em temas como Ucrânia, Oriente Médio, meio ambiente e reforma da ONU Lula rebate crítica de Zelensky: 'Se fosse esperto diria que a solução é diplomática, não militar' Brasil quer submeter proposta formal de reforma das regras da ONU, diz Lula

Publicada por: RBSYS

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